quarta-feira, 7 de março de 2012

Wishlist IV

Andava eu a vaguear por esse mundo que é a Internet quando descobri o Wanelo. Bem, o Wanelo é um género de rede social onde podemos encontrar coisas raras e de lojas desconhecidas do público, bem como produtos originais. Podemos adicioná-las a uma wishlist, para não as perdermos de vista. Temos também a informação do seu preço e onde está à venda.
Deixo-vos aqui alguns artigos que me deixaram completamente apaixonada. Não são tão raros quanto isso, mas acho que valem bem a pena!

Para a minha (futura) casa:

Bedroom Vanities, pbteen.com, $599

Baroque Carved Angels, frenchbedroomcompany.co.uk

Global Decor 170 Rotating 4 Bottle Ounce Drink Dispenser, amazon.com, $39,99

Sassy Boo Black Drawers, frenchbedroomcompany.co.uk

Stacking Mustache Mug Set Multi Colored with by TheBeautifulHome, etsy.com, $35

The Multi Colored World Map Screen Print by CallaghanArtGallery, etsy.com, $195

Para o meu roupeiro:


Cupcake Contest Shoulder Bag in Brown, da Modcloth, $42,99

Deathly hallows symbol necklace, etsy.com

Find Me in the Pub Satchel, Modclotg, $65

High waist stripe shorts, da Topshop USA, 64$

Lace Strappy Dress, TopShop USA

Staring at Stars Embroidered Top Dress, Urban Outfitters, $69


segunda-feira, 5 de março de 2012

Must see I


Há uns tempos fui até ao CCB ver o que se passava de novo no Museu Colecção Berardo. A verdade é que aquilo costuma ter lá umas "coisas esquisitas", mas da última vez que lá fui valeu bem a pena.
A exposição que vi chama-se "A Arte da Guerra - Propaganda da II Guerra Mundial" e foi tão bem aceite, que foi prolongada até dia 26 de Março. Para quem quiser mais informações, tem aqui o PDF. 
Aproveitem que vale bem a pena. Deixo-vos aqui algumas fotografias para vos aguçar a curiosidade.











(Quem já foi ou que esteja a planear ir que diga de sua justiça!)

Bom início de semana :)

sábado, 3 de março de 2012

Vontades I

Hoje apetece-me isto. Sentar-me à beira Tejo, com aquela companhia, a conversar e a sorrir, enquanto a noite vai caindo. Apetece-me.

(Imagem retirada do site Olhares)

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

"É só isto e nada mais"


O CORVO, de Edgar Allan Poe, traduzido por Fernando Pessoa


Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste,
Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais,
E já quase adormecia, ouvi o que parecia
O som de alguém que batia levemente a meus umbrais.
"Uma visita", eu me disse, "está batendo a meus umbrais.
É só isto, e nada mais."


Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro,
E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais.
Como eu qu'ria a madrugada, toda a noite aos livros dada
P'ra esquecer (em vão!) a amada, hoje entre hostes celestiais -
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais,
Mas sem nome aqui jamais!


Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo
Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais!
Mas, a mim mesmo infundido força, eu ia repetindo,
"É uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais;
Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais.
É só isto, e nada mais".


E, mais forte num instante, já nem tardo ou hesitante,
"Senhor", eu disse, "ou senhora, decerto me desculpais;
Mas eu ia adormecendo, quando viestes batendo,
Tão levemente batendo, batendo por meus umbrais,
Que mal ouvi..." E abri largos, franqueando-os, meus umbrais.
Noite, noite e nada mais.


A treva enorme fitando, fiquei perdido receando,
Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais.
Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita,
E a única palavra dita foi um nome cheio de ais -
Eu o disse, o nome dela, e o eco disse aos meus ais.
Isso só e nada mais.


Para dentro então volvendo, toda a alma em mim ardendo,
Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais.
"Por certo", disse eu, "aquela bulha é na minha janela.
Vamos ver o que está nela, e o que são estes sinais."
Meu coração se distraía pesquisando estes sinais.
"É o vento, e nada mais."


Abri então a vidraça, e eis que, com muita negaça,
Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais.
Não fez nenhum cumprimento, não parou nem um momento,
Mas com ar solene e lento pousou sobre os meus umbrais,
Num alvo busto de Atena que há por sobre meus umbrais,
Foi, pousou, e nada mais.


E esta ave estranha e escura fez sorrir minha amargura
Com o solene decoro de seus ares rituais.
"Tens o aspecto tosquiado", disse eu, "mas de nobre e ousado,
Ó velho corvo emigrado lá das trevas infernais!
Dize-me qual o teu nome lá nas trevas infernais."
Disse o corvo, "Nunca mais".


Pasmei de ouvir este raro pássaro falar tão claro,
Inda que pouco sentido tivessem palavras tais.
Mas deve ser concedido que ninguém terá havido
Que uma ave tenha tido pousada nos meus umbrais,
Ave ou bicho sobre o busto que há por sobre seus umbrais,
Com o nome "Nunca mais".


Mas o corvo, sobre o busto, nada mais dissera, augusto,
Que essa frase, qual se nela a alma lhe ficasse em ais.
Nem mais voz nem movimento fez, e eu, em meu pensamento
Perdido, murmurei lento, "Amigo, sonhos - mortais
Todos - todos já se foram. Amanhã também te vais".
Disse o corvo, "Nunca mais".


A alma súbito movida por frase tão bem cabida,
"Por certo", disse eu, "são estas vozes usuais,
Aprendeu-as de algum dono, que a desgraça e o abandono
Seguiram até que o entono da alma se quebrou em ais,
E o bordão de desesp'rança de seu canto cheio de ais
Era este "Nunca mais".


Mas, fazendo inda a ave escura sorrir a minha amargura,
Sentei-me defronte dela, do alvo busto e meus umbrais;
E, enterrado na cadeira, pensei de muita maneira
Que qu'ria esta ave agoureia dos maus tempos ancestrais,
Esta ave negra e agoureira dos maus tempos ancestrais,
Com aquele "Nunca mais".


Comigo isto discorrendo, mas nem sílaba dizendo
À ave que na minha alma cravava os olhos fatais,
Isto e mais ia cismando, a cabeça reclinando
No veludo onde a luz punha vagas sombras desiguais,
Naquele veludo onde ela, entre as sombras desiguais,
Reclinar-se-á nunca mais!


Fez-se então o ar mais denso, como cheio dum incenso
Que anjos dessem, cujos leves passos soam musicais.
"Maldito!", a mim disse, "deu-te Deus, por anjos concedeu-te
O esquecimento; valeu-te. Toma-o, esquece, com teus ais,
O nome da que não esqueces, e que faz esses teus ais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".


"Profeta", disse eu, "profeta - ou demónio ou ave preta!
Fosse diabo ou tempestade quem te trouxe a meus umbrais,
A este luto e este degredo, a esta noite e este segredo,
A esta casa de ânsia e medo, dize a esta alma a quem atrais
Se há um bálsamo longínquo para esta alma a quem atrais!
Disse o corvo, "Nunca mais".


"Profeta", disse eu, "profeta - ou demónio ou ave preta!
Pelo Deus ante quem ambos somos fracos e mortais.
Dize a esta alma entristecida se no Éden de outra vida
Verá essa hoje perdida entre hostes celestiais,
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".


"Que esse grito nos aparte, ave ou diabo!", eu disse. "Parte!
Torna à noite e à tempestade! Torna às trevas infernais!
Não deixes pena que ateste a mentira que disseste!
Minha solidão me reste! Tira-te de meus umbrais!
Tira o vulto de meu peito e a sombra de meus umbrais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".


E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda
No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais.
Seu olhar tem a medonha cor de um demónio que sonha,
E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão há mais e mais,
Libertar-se-á... nunca mais!

Dá-me música!

Soon we'll meet, my dear friend :)

(Este é um Stradivarius. Só porque sim.)

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

O que é prometido é devido

Há uns meses fiz um post no qual disse que ia fazer "Erasmus em Lisboa". Como não gosto de deixar promessas por cumprir, aqui vai o balanço de como correu.
As minhas companheiras de trabalho foram a Laia e a Lucia, a primeira de Valência e a segunda de perto de Madrid. Com a Laia, o único entrave existente era o facto de ela falar catalão. Mas como quem fala catalão também fala castelhano, deixou de ser um problema. Ela já foi para Valência, só cá ficou um semestre. Por acaso, já me deixa saudades. A Lucia continua por cá a fazer-me inveja com as suas notas.
O trabalho de Análise do Discurso correu bem. Tivemos uma boa nota e fiquei a conhecer melhor o tipo de jornalismo que é praticado em Espanha (muiiiiito parcial).
Não tivemos a oportunidade de sair juntas, portanto a nossa experiência foi meramente académica. Um dia que a Laia volte e que a Lucia ainda cá esteja, espero, sinceramente, que possamos ir beber uns copos.

Laia, espero que tenhas gostado dos breves meses que viveste em Lisboa e que voltes, ainda há muito por descobrir!

Lucia, aproveita bem este semestre e não tires notas tão altas, que eu já me sinto mal (não que eu seja burra, mas é que eu percebo mais português do que tu, rapariga!).

Beijinho para as duas de uma alfacinha.

PS: Acho que tenho de fazer Erasmus para tirar boas notas. Ou então estudar mais, também é uma hipótese.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Feliz Dia Mundial da Rádio

Tu, que há pouco despertaste o teu bichinho em mim, tens hoje o teu primeiro dia.
E que venham muitos mais, com a mesma magia de sempre.

Feliz Dia Mundial da Rádio.



segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Pózinhos de perlimpimpim

Desde pequena (ou deveria dizer mais nova?) que sempre gostei de ler. Mas os livros que mais me cativaram e ainda o conseguem fazer hoje são os da saga Harry Potter. Lembro-me da altura em que os comecei a ler, estava eu no básico, e lembro-me de quando saiu o primeiro filme, estava eu no 8º ano. Bem, mas os filmes não interessam nada agora, que ainda hoje vivo amargurada pela falta de pormenores neles (grrr). E o que é que me cativou tanto no Harry Potter?

Bem, o primeiro aspecto foi a magia. Lembro-me que eu própria tentava acreditar que fosse possível existir um mundo paralelo ao nosso, com pessoas iguais a nós, mas ao mesmo tempo diferentes. Se nos livros os muggles desconheciam a existência de um mundo mágico, por que razão isso não poderia acontecer no nosso mundo, na nossa realidade? Tive de me render às evidências e deixar de esperar por uma carta de Hogwarts a anunciar que eu tinha sido seleccionada (how sad).

 Além da magia, os livros de J. K. Rowling transmitem conceitos que, hoje em dia, muita falta fazem a muito boa gente. Camaradagem, amizade, família, espírito de sacrifício, amor. Às vezes dou por mim a desejar nunca ter lido os livros para poder sentir toda essa magia outra vez. Por isso...


quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Férias? O que é isso?

Já tinha saudades de escrever aqui qualquer coisinha. Sinto que estou em dívida para com o blog e vocês, mas têm sido umas semanas de loucos.
O Natal passou e veio a Passagem de Ano. Com a Passagem de Ano, veio o reinício das aulas. Uffa! Frequências e frequências, trabalhos e trabalhos... Estou a dar em louca! Preciso urgentemente de FÉRIAS!
E agora vou fumar um cigarro, que estes trabalhos deixam-me nervosa. Deixo-vos com uma banda sonora: